Projeto: MINI-DICIONÁRIO DE LIBRAS PINHEIRENSE


ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS-APAE – PINHEIRO-MA
APAE EDUCADORA
COORDENADORIA DE PEDAGOGIA
CURSO DE LIBRAS

PROJETO BÁSICO

1 IDENTIFICAÇÃO

Nome do Projeto: MINI-DICIONÁRIO DE LIBRAS PINHEIRENSE

Instituição Proponente:
CNPJ: 02.905.182/0001-75
Endereço: Av. Maria Pinheiro Paiva, 1100 – Antigo Aeroporto
Telefone: (98) 3381-3034
E-mail: apaepinheiro@bol.com.br

Responsável pela Instituição Proponente:
Nome: Rucival Soares Silva
Endereço: Rua Floriano Peixoto, 576 - Centro
Telefone: (98) 8153 2413
E-mail: gemeos_0573@hotmail.com

Responsáveis pelo Projeto:
Nome: Anderson Corrêa Pereira
Endereço: Rua Abraão Cardoso, 100 - Alcântara
Telefone: (98) 3381 6102 – (98) 8162 20 84
E-mail: anderson.1103@hotmail.com

Nome: Marcio Soares Amorim
Endereço: Rua das flores, 100 – Ilha de Leonor
Telefone: (98) 9149 9863
E-mail: soaresamorim1@hotmail.com

2 JUSTIFICATIVA

A comunidade surda brasileira, atualmente, é privilegiada frente a outras comunidades existentes em países vizinhos como a Guiana e Suriname, pois esta possui uma normatização da língua de sinais que fora efetivada a partir da Lei nº 10.436/02, que veio beneficiar todos aqueles que fazem uso do corpo para expressar-se. Decorrente desta realidade, o país apresenta hoje uma gama imensurável de informações publicadas que versão sobre a problemática das comunidades surdas. Um exemplo claro é a publicação do “Dicionário Capovilla”, que em muito favorece as comunidades desta nação, mesmo sabendo que em cada estado enfrenta-se o problema da regionalidade, o que faz diferir alguns sinais entre eles.
Sobre essa ótica, voltamo-nos para a realidade de Pinheiro e observamos que a comunidade surda está bastante engajada nos mais diversos contextos da sociedade (escola, igreja, família), no entanto pouco se tem de produção pedagógica quanto a língua usada por este grupo. É nesta perspectiva que o referido projeto vem contribuir, de modo que sejam explorados, criados, sistematizados e divulgados os sinais das mais diversas realidades da cidade de Pinheiro, auxiliando na comunicação entre os surdos desta comunidade. É notável, a dificuldade de localizar-se no espaço, por exemplo, mesmo entre os surdos, pois muitos lugares que servem de referências para ouvintes, muitas vezes não possuem um sinal específico, o que gera enormes dificuldades para descrever o referido espaço e sua localização.
Tomando como ponto de exemplificação o Curso de Libras oferecido por esta Instituição, podemos perceber as constantes indagações quanto aos sinais de repartições e lugares públicos (escolas, igrejas, lojas, praças). Esta problemática muitas vezes fica sem solução, pois muitos lugares não possuem um sinal específico, gerando uma falha na comunicação (considerando o nível de iniciantes dos cursistas). Com a estruturação e divulgação do Mini-Dicionário de Libras Pinheirense, tais problemáticas podem ser amenizadas não somente no Curso de Libras, mas em toda a comunidade surda de Pinheiro, pois estará ele disponível aos surdos e ouvintes que fazem uso da língua de sinais. Além disso, o mini-dicionário subsidiará instrutores surdos no ensino da língua de sinais às crianças surdas atendidas em diversas instituições de Pinheiro. Poderá ainda auxiliar surdos que estão ou não no processo educacional, fazendo com que estes desenvolvam uma comunicação mais coordenada quando se tratar do contexto da cidade.
Por fim, observa-se que esta proposta além de inovadora, torna-se essencial à esta comunidade que tanto vem crescendo ao longo dos anos e que cada vez mais ocupa seu lugar na sociedade. Espera-se, também, com isto beneficiar a todos os interessados em aperfeiçoar sua comunicação através da língua de sinais.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

• Subsidiar a aquisição e aperfeiçoamento da Libras através dos sinais do contexto de Pinheiro, tanto para surdos quantos para ouvintes, de todas as idades e em vários níveis de ensino.

3.2 Objetivos Específicos

• Auxiliar na formação dos profissionais intérpretes quanto a aquisição de vocabulário específico da cidade de Pinheiro;
• Apoiar na aquisição da Libras, os surdos das séries iniciais;
• Sistematizar e unificar os sinais dados aos diversos contextos da cidade de Pinheiro;
• Oficializar e universalizar sinais de repartições e lugares públicos e privados da cidade;
• Propagar o nome da instituição mediante impressão da publicação em questão, enfatizando suas contribuições para a comunidade surda de Pinheiro.

4 METODOLOGIA

O presente projeto será desenvolvido no intervalo de cinco meses a contar da data de entrega do mesmo junto à Coordenação de Pedagogia da APAE – Pinheiro. A partir desse momento, tendo-se convicção da aceitação desta proposta pela Instituição, tomaremos o trabalho a fim de efetivar os desejos que tanto se almejam com este projeto.
A primeira parte do projeto será realizada em comunhão entre instrutores surdos e intérpretes, numa reunião que somente terá o objetivo de criarem-se sinais aos verbetes que comporão o mini-dicionário. Tal encontro deverá ser realizado no salão de reuniões da APAE e deverá ser registrada por meio de fotografias ou vídeos todos os sinais que forem sendo criados, bem como aqueles que ainda não são conhecidos por um dos participantes da reunião e que fará parte do mini-dicionário. Este primeiro momento pode-se estender por no máximo três dias, sempre com a presença de instrutores.
Num segundo momento, será registrado o sinal de modo que este possa ser impresso. Duas são as idéias que podem ser aproveitadas:
Primeiro idéia: Todos os sinais serão apresentados a partir de fotografias tiradas de modo a representar de maneira mais real os vocábulos do dicionário (ver exemplo no anexo I). Tais vocábulos poderão ser sinalizados e registrados por no máximo dois personagens (preferencialmente surdos), de modo que haja mais homogeneidade nas representações.
Segunda idéia: Encontrar-se-á um profissional que tenha habilidades com desenhos de caricatura e seja hábil para representar todos os sinais que forem fazer parte deste trabalho. É interessante ressaltar que a participação deste profissional deverá ser de caráter voluntário, pois este trabalho não tem pretensões financeiras. A seleção deste profissional será realizada mediante apreciação do seu trabalho e dentro dos padrões que temos de dicionários de língua de sinais, de modo a não prejudicar o entendimento dos sinais representados (ver exemplo no anexo II).
O terceiro momento será marcado pela editoração do mini-dicionário. Aqui serão feitos os ajustes das imagens de modo a caber da melhor maneira nas páginas do livro. Alem das imagens, as páginas contarão com o detalhamento do sinal distribuído entre os cinco parâmetros da Libras. (ver modelo no anexo III)
Por fim será apresentado à comunidade o Mini-Dicionário de Libras Pinheirense, que poderá ser lançado num dia celebrativo com a presença de surdos, profissionais da área e comunidade em geral, de modo que todos possam conhecer o material que passa agora a fazer parte da educação de surdos e ouvintes e que é de domínio publico.

5 PRAZO DE EXECUÇÃO

ANO MÊS PERÍODO ATIVIDADE DESENVOLVIDA
2011 Nov. Dia 11 Entrega do projeto à coordenação de Pedagogia da APAE
Nov. 18 e 25 Criação dos sinais dos vocábulos que farão parte do mini-dicionário
2012 Dez. 05 a 30 Registro fotográfico dos sinais que irão compor o mini-dicionário
Jan. 03 a 28 Edição e impressão do mini-dicionário
Fev. Dia 11 Publicação do mini-dicionário de Libras Pinheirense


6 RECURSOS

6.1 Humanos

• Instrutores do Curso de Libras da APAE;
• Intérpretes de Libras com vínculo aos trabalhos da APAE;

6.2 Físicos

• Sala de reunião;
• Sala com parede branca e sem gravuras;

6.3 Materiais

• Máquina fotográfica;
• Micro-computador;
• Máquina scanner;
• Papel A4;
• Impressora (laser ou jato de tinta);
• Serviços de cópias xerográficas;
• Materiais bibliográficos e/ou informativos.

7 AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada durante todo o processo de execução do projeto e será feita por todos os participantes das ações, de modo que no final tem-se o resultado último que é a publicação do Mini-Dicionário de Libras Pinheirense. Todas as etapas do projeto serão acompanhadas ainda pela coordenação de pedagogia da APAE, que fará as devidas interferências quando forem necessárias. Será possível observar a eficácia deste projeto quando a comunidade surda ou não, estiver usando o mini-dicionário como suporte para seu aprendizado.



Pinheiro – MA, 11 de novembro de 2011.